O conceito de "Pergule" no meu trabalho artístico funciona como um espaço simbólico e físico de contemplação, um limiar de transição entre a realidade e o sonho. Tal como uma pérgula real — uma estrutura frequentemente encontrada em jardins, oferecendo uma passagem sombreada — a "Pergule" na minha arte é um convite a embarcar numa jornada introspectiva, a atravessar as fronteiras entre o consciente e o inconsciente.
Torna-se uma metáfora para a passagem entre mundos, oferecendo um momento de quietude onde se pode parar e refletir sobre o eu, o ambiente e as forças invisíveis que moldam as nossas paisagens interiores.
No contexto do Onirismo, um tema central no meu processo criativo, a "Pergule" não é apenas um local de descanso, mas um portal para paisagens oníricas. Representa a transição do conhecido para o desconhecido, um espaço onde o espectador pode momentaneamente abrir-se à exploração do seu próprio mundo interior, descobrindo novas dimensões da realidade e da imaginação.